INFINITO
Tudo,
parece árduo,
igual e leve.
Como a branda sensatez adolescente.
Essa malha sonora,
amorosa,
vai esculpindo
turbulentas idéias,
alanceando os meus ouvidos.
Sobretudo,
há poucas subjeções e muitos poréns.
E a filosofia de Zen?
E os arquivos deste armazém?
Quem?
Há um mundo tão pouco,
para muitos ninguéns.
Há muitos mundos,
para poucos alguéns.
Aquém dos alguéns,
corrompem ninguéns?!
Idolatrias são os sinais do bem!
Quantos faltam a abobar-se em améns?
De tudo,
breve,
leve é o vazio fim de ser.
O tempo amarga na proeza dos seus blocos carnavalescos,
rebaixados ao pretérito.
Perfeito enquanto o todo,
sempre dure!
Prefigura ceder ao destino e tais encantos.
Pois,
se tudo é infinito,
te amo!