Labirinto de Minos - ÉBRIO DESERTO

Eu sei, que o nosso ego quer buscar o poder

Brasão, coroa, nenhum rei quer perder

E querem mais muito embora eu não entenda

Nessas batalhas ou se mate ou se venda

Não sei, só as abelhas poderiam dizer

Porque a rainha é quem manda fazer

E as operárias não, nem podem sequer

Ir pra outro rumo, outra colméia qualquer

Depois, bem além dos preconceitos morais

Das intrigas, xenofobias locais

Há uma quilombo cuja guerra é por paz

Lá as abelhas compartilham o mel

Você chamou esse reino de céu

Não encontrou esse lugar jamais

Porque criou inimigos de mais

E como é que poderia encontrar

Se você jura que ainda vai se vingar

Faz da justiça seus castigos eternos

Cria na terra verdadeiros infernos

Já era, agora o mal vai atrás de você

Não adianta nem lutar, nem correr

Desse inferno não se pode fugir

Vai atrair todas as dores pra si

Vai me julgar, me culpar, perseguir

Até que o fogo venha enfim extinguir

Depois das cinzas vai voltar a existir

Então, poderemos dar as as mãos, redimir

A maldição dessas juras eternas

Caminharemos cada qual com suas pernas

Por mil porvires entre ocasos, perigos

A diversão é se estar com amigos

Navegaremos pelo tempo incerto

Exploraremos mares, trilhas, cidades

Sobreviventes do ébrio deserto

Nós amaremos só a simplicidade

®

NoOnee
Enviado por NoOnee em 26/02/2017
Reeditado em 30/08/2019
Código do texto: T5924147
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