salgadinho é uma cidade poética
Há eu!
Entender essas causas,
Já me é forte!
E negar todo os fatores, é desumano,
O homem nasce numa cidade pequena,
Seu pai, não lê,
Sua mãe não lê,
E seus irmãos está na rua...
Mas seu espirito teima a enfrentar o rio,
E doce são suas dúvidas em...
Nos amores,
Nos deuses,
Na lógica,
Em si mesmos...
Doce é o espirito livre!
Há eu!
Hediondo foi meu crime,
Eu comi as palavras,
Eu comi as regras,
E a cidade tem uma forte rejeição a verdade!
O poeta é bêbado,
O artista é sacramento,
Mas, não vão a igreja!
E todos dizem que são loucos.
Imagina! Como sou só em salgadinho...
Há minha terra!
Será que só entenderás, o sepultamento!
Outubro é um mês festivo!
Há eu,
Nem sei o que é amar,
Nem sei o que é ter filho,
Nem sei o que é ter casa,
Ter mulher,
Ver, eu! Amado...
Nunca tive amor...
Nunca tive filho...
E amei erradamente o amor de amar!
Coisa doida de poeta...
Fazer o quê! Né.
Amar é um verso livre!
Eita, Salgadinho é uma cidade poética!