SUMIÇO
Eu não preciso de sorte,
Eu já engoli a morte
E desceu queimando,
Como o inferno andando
Assim, dentro de mim
E parece não ter fim
Mas já me importo menos
O aqui, o agora, e o amanhã talvez
É tudo que temos
Volta não há mais
Apenas guardo alguns minutos para a paz
Só isso, nada mais.
É só o que tenho.
É isso. Nem música nem desenho.
Essa é minha parte.
Não há canto, nem arte.
O meu SUMIÇO não é lá fora. É aqui dentro, agora!
E assim vou-me embora,
Como quem, feliz, diz: nos vemos outrora.