Nem Batom não Passo Mais
Você não se lembra amor,
Na manhã do meu quintal
Quantas coisas me disseste
Insistente com tanto ardor!
Eu até acreditei e sonhei,
Deslumbrada, esperançosa,
Sou sincera em te dizer,
já me via esposa amorosa!
Com o tempo já passando,
Meus sonhos envelhecendo,
Já não ensaio tantos beijos,
Nem batom não passo mais!
Como chamo essa saudade?
Um concerto de amor desafinado,
Meu coração por você algemado,
Uma sonata toda de desamores.
Se eu fosse você voltaria
Por uma noite eu aceitaria,
me encontrar no meu silêncio,
Tudo pode acontecer eu diria,
Até flores ao caírem, acobertar
Esse maravilhoso nosso poetar!