A selva de pedra
Havia um repouso
Um recanto
Manso
De águas calmas
Que não acalmam
Minha alma
Que ainda se arma
E carrega o carma
De sentir
O mundo acelerar
Os carros voam pela pista
E eu, equilibrista
Vejo carros como formigas
Mas sem a força coletiva
Apenas carregam gente
Pensamentos independentes
Objetivos sem limites
Imagens surreais
Não ultrapassam a barreira
Dos bens materiais
E eu sentado
A beira do lago
Desconectado
Vejo o tempo vago
Observo os pássaros
E a beleza da vida
No cemitério da terra
Sentado no lago
Escondido da guerra
No meio do coração
Da selva de pedra