COMO SEMPRE
O Sol Já nasceu.
Deixou empós sí a alvorada.
Como se fosse um nada.
Agora o calor, a abrasar.
Como Sempre
O dia começa.
Não ha ruído de sapatos.
Apenas o silêncio.
As mulheres fazem o pão.
Logo a explosão.
Como Sempre.
Alguém foi ao céu.
E levou consigo outros.
Na porta da Mesquita
De Bagdá.
Os Ingleses com seus primos
americanos.
Querem os canos, de Bagdá
COMO SEMPRE.
No Céu começa a subir o rolo da fumaça.
Os carros amassados,estão queimados.
Os bombeiros, em jatos d'aguas
Querem apagar aquele fogo da Mesopotamia.
Uma tocha acesa em Bagdá.
Como Sempre.
Império Britânico ou Globalização.
Mandatos a configuração.
O petróleo é de quem pegar.
Mas pega fogo.
Sunitas e xiitas a rezar.
Como Sempre.
Quando um homem.explode,
embora o último do dia,
não explodiu em vão,
pôr mais modesto que seja,
pode orgulhar-se da explosão.
Como Sempre
DON ANTONIO MARAGNO LACERDA ( AL KHALED)
Prêmio UNESCO/poemas/jornal
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