primeira profissão
Primeira profissão
Os fabricantes de bigornas
Desapareceram…
Os fazedores de rodas raiadas,
Os instaladores de ferraduras,
De fornos a lenha…
De torradores de café…
Desinstalaram-se.
Os benzedeiros, os curadores
Das feridas d’alma…
Os musicantes dos autofalantes
Das praças públicas…
Até os afiadores de facas e tesouras
E os consertadores de guarda-chuvas
E panelas descabadas…
Só as putas não desistem
Nas praças e esquinas mal iluminadas,
Com suas pernas envarizadas,
Seus peitos caídos, suas manchas
De batom e rímel…
Suas feições vencidas pelo trato
E suas bolsas…. E suas mágoas.
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