LiZ
Abro os olhos em mais um...
Dos incontáveis dias que já pela manha...
Me trás memórias quando ao abrir da janela...
Causando-me frio, pura distração, lembro de ti...
Será que quando acordastes tiveras a mesma...
Impressão de que algo falta para acrescentar ao dia...
Para que este não se torne apenas rotina...
À pressa, à filhos, à medos, eu sei...
Irracionalmente tua imagem conforta...
Quando meu orgulho apressa-se a te esconder...
Tão longe de meus olhos, mero erro...
Nas lembranças bonitas, lá esta você...
A razão alivia mas sei...
Que mesmo meu coração batendo a toa...
Sente pressa de seu corpo, boca...
Antes, incompleto, insano, errado, mas feliz...
Talvez você quisesse...
Sentir o vento em seus cachos...
E o toque de meus lábios...
Sem que pareça algo errado...
E no fim...
Vejo-a como um pássaro...
Querendo se libertar...
Trancada na gaiola...
Se negando a cantar...
Meu querer te aguarda...
Mesmo sabendo que passaram dias...
Meses, talvez anos, quem diria...
Ei de tê-la pra mim...