Pela paz da vida que arde
 
Traço no silêncio a solidão
Em cores ternas que passam alheias
Nos versos que arrebentam por vezes
Que não se demora e apenas destroça
 
Sigo na curva dos céus em busca de paz
Nas cores onduladas no raiar da aurora
Sempre na rima do ouro mais brilhante
Traz a cor mais bela da rosa primavera
 
Que vem passiva em escalas ilusórias
Mostrando a pálida brancura do olhar
Que detona e fascina o aroma da essência
No refluxo de um tom agreste em descaso
 
Como a paisagem que entra no tempo
Em frente aos olhos sem destino
Que vacila na cor abstrata da seiva
E cai no traço da sombra aberta em vida
 
Soa na voz uma lembrança arcaica
Na oração decota o canto que vem do medo
A pintar vielas no meu corpo ávido
Sinto no meu cantar a voz plena da alma
 
No vago espaço sem o sal que reza
Pela paz da vida que arde e ascende
Na forma lúdica que abstrai o arco-íris

E fica no horizonte um tom escuro agreste



Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.











 
 
Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 22/02/2017
Reeditado em 24/02/2017
Código do texto: T5920566
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.