O Besouro

Naturalmente que não estavas nua.

Mas que parecia, parecia...

Fulgurava tua pele cor de carne-crua,

Ao sol outonal que já arrefecia

Exibindo entre as frestas do vestido

Aquele exuberante e belo tesouro.

E nisto pousa em tuas pernas

Um safado dum besouro!

E vai subindo o inseto, subindo,

Por entre as coxas, vestido acima.

E eu me mordendo por dentro

Ao vê-la enxotar o bichinho.

Pena não ser eu o intruso,

Pena não ter nascido besouro!

Mallmith
Enviado por Mallmith em 03/08/2007
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