ADEUS SONHO MEU
Marlene Constantino
Quem sabe,
volte a sonhar com um sol diferente.
Neste instante velo meu sonho ido.
Deixo-o partir.
Com olhos chorosos, vejo-o
como flor decapitada e eu digo:
- É muito triste este cortejo.
A poesia congela nos ossos...
Emudece a alma da gente
morre o verbo no bico da pena.
Agora ?
Falta-me o elo, a poesia que me espelho
Sinto-me como a ave de asas partidas,
estirada num tapete de silêncio !
Oh minha ave, por que tirou-me o canto?
08/03/2011