O que faço
Quis andar sozinha sem rumo.
Fui peregrina do desconhecido,
Saciei a minha fome com flores secas
despetaladas pelo vento.
Fiquei perdida no caminho perguntava a mim mesma;
O que faço?
- Não faço.
Dormia sem lençol, sem amor, eu era uma triste mulher feia,
A vida me largou ao relento.
Os meus olhos buscavam o véu do tempo.
Agasalhei-me à sombra das árvores,
A minha alma adormecia neste grande sofrimento...
Um dia destes, de tudo me cansei,
até mesmo de mim,
resolvi colocar os meus velhos sonhos ao sol,
pois que eles não ressequem
feito o caule dos frágeis arbustos,
Quero a esperança dentro de mim.
- Liduina do Nascimento
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