Arquétipo da beleza masculina de Roma,
Antinöus falece nas águas do Nilo afogado...
Jamais fora por um filho de Netuno tragado
Mundano corpo perfeito de viril axioma.
 
Cinzéis reproduzem no vasto Império seu Genoma:
Estátua máter para templos de um deus encarnado.
Morre o Belo... Mas, Adriano nele apaixonado
Divino o faz. Multiplica-se Antinöus qual rizoma.
 
Até o quinto século depois de Jesus, o culto
Antinöus está no corpo com Mercúrio ou Narciso ...
Mistérios de Osíris, de Apolo, de Baco ou Dioniso!
 
Abóbada e alicerce do mundano paraíso,
Da Atlética meta última, divino insepulto,
Antinöus é O Belo Adorado de sêmen não oculto.



(Publicado no livro "CORPOS MARCADOS", p. 101, editora Scortecci, 2017, autoria de Carlos Fernandes)
Carlos Fernandes
Enviado por Carlos Fernandes em 16/02/2017
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