Poema do Eu Secreto

Eu me silencio no alvoroço dos seres.

È uma obra difusa e difícil de perfazer

bem mais que se desviar dos prazeres

maior que dos áureos sonhos se desfazer

Arguto é o homem que pensa a ausência

do ser amado emudecido, sem algazarra

viver com o peito em profunda anuência

sem que torne momento situação bizarra

Sempre em conluio com as vinhas do amor

- vaso quebradiço e a flor prestes a fenecer -

saltitando os crepúsculos até o sol se por

fazer das andanças em um eterno renascer

Silenciar sempre como o vazio das catedrais,

romper a dor até parece um pouco adormecer

idealizar sua imagem sintetizada nos vitrais

e esperar, sem balbúrdia, uma novo alvorecer

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 16/02/2017
Código do texto: T5914242
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