Bebo das Palavras
Nunca estive sóbrio
Metade dessa vida
O mundo ama o ódio
Busco amor na bebida
Já perdi noite(s)
Escapei da morte
Feri meu corpo
Só pra não partir o copo
Não tenho hora de beber
As vezes bebo sem querer
Compro bebida, nem peço troco
Dizem que sou louco
Pois sou, sim, com orgulho!
Senão, já teria abraçado o fim
Adoro beber das palavras que bebo
Em qualquer lugar, tarde ou cedo
Me embriago de leitura
Nas letras encontro a cura
Morrer hei, embriagado
Não fujo, aguento este fardo.