ALMAS FRIAS

O sol vai se escondendo

por entre os últimos montes,

que meus olhos conseguem ver.

Os derradeiros ventos sopram lhe

o resto de sua morta luz.

Enquanto a noite escura,

aproxima se sonolenta.

As almas frias

que as ruas saem,

troca alguns olhares

e logo mais beijos e juras eternas.

Onde o amor se tortura

como o único comprometido,

entre as mesmas almas

que já não sabem mais,

se, amam, ou se odeiam.

É que o amor e o ódio

sempre juntos estão,

a confundir as frias almas

que já não mais sabem,

se, pertencem a corpos calmos,

ou a outros atormentados.

Pois dentro da fria noite

já não mais se entende,

se, vivem na alegria

ou se morrem de agonia.

Nova Serrana (MG), 22 de julho de 2006.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 13/02/2017
Código do texto: T5910840
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