ALMAS FRIAS
O sol vai se escondendo
por entre os últimos montes,
que meus olhos conseguem ver.
Os derradeiros ventos sopram lhe
o resto de sua morta luz.
Enquanto a noite escura,
aproxima se sonolenta.
As almas frias
que as ruas saem,
troca alguns olhares
e logo mais beijos e juras eternas.
Onde o amor se tortura
como o único comprometido,
entre as mesmas almas
que já não sabem mais,
se, amam, ou se odeiam.
É que o amor e o ódio
sempre juntos estão,
a confundir as frias almas
que já não mais sabem,
se, pertencem a corpos calmos,
ou a outros atormentados.
Pois dentro da fria noite
já não mais se entende,
se, vivem na alegria
ou se morrem de agonia.
Nova Serrana (MG), 22 de julho de 2006.