Cavar a terra com as próprias unhas não é morrer em vão

a dor era tanta, tanta!...

atravessou a carne e os ossos,

parou na alma

as lágrimas não podiam ser vistas,

meus olhos choravam,

tremiam como um rio em pânico

ali, como um verme retorcido,

minha boca escarrava,

vomitava coisas que nunca comi

meu Deus, onde estou?

não vejo suas mãos,

não tenho o seu perdão

a morte parece infinita

o corte é perene

e o tudo padece e o tudo não morre

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 03/08/2007
Código do texto: T591022
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