Cavar a terra com as próprias unhas não é morrer em vão
a dor era tanta, tanta!...
atravessou a carne e os ossos,
parou na alma
as lágrimas não podiam ser vistas,
meus olhos choravam,
tremiam como um rio em pânico
ali, como um verme retorcido,
minha boca escarrava,
vomitava coisas que nunca comi
meu Deus, onde estou?
não vejo suas mãos,
não tenho o seu perdão
a morte parece infinita
o corte é perene
e o tudo padece e o tudo não morre