ESCUTANDO O SiLÊNCIO
Silêncio
E escuto a sílaba
Perdida no papel
Reconto na memória
Os fragmentos de sonhos
Que eu vivi
Quando a vida
Não era feia
Nem triste
Escuto o silêncio
É quase meia-noite
Uma réstia
Me mostra a sílaba
Mergulho na folha em branco
Para colher a ilusão
De acreditar
Que alguma coisa
Reproduzirá tua presença
Nos interstícios do silêncio.