NOITE ÉBRIA

Todos são irmãos na noite ébria,

Nela não há distinção.

Largos sorrisos

Entre jovens e mais vividos.

Abraços amigos, mesas divididas e somadas.

Cantam amores eternizados

E perdidos,

Abrem os braços

Como a evocar divindades. Amigos da noite,

Parceiros da lua,

Companheiros das horas boêmias.

São do samba, do bolero,

Das baladas, dos ritmos jovens.

Das antigas e das modernas canções,

Que os irmanam

em uníssono.

O bêbado elabora grave discurso,

A mocinha, quase menina,

Faz movimentos de porta-bandeira,

O idoso canta Noel.

Assim é o bar,

Na calçada de todos,

Sem preconceito, sem restrições.

Em cada olhar uma história,

Em cada história

uma canção

Que sobe no espaço

Feito a fumaça dos cigarros.

Cai a noite, sobe a lua

sob estrelas tardias,

Desaparecem todos

Satisfeitos da vida.

Dalva Molina Mansano.

00:34

11.02.2017.

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 11/02/2017
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