FRUGALIDADE

Da milharada eu quero milho

p'ra fazer um mungunzá

com mais puro sentimento,

socado a pilão, sem casca

as quais caíram ao chão

com peneiradas ao vento.

Da peneira a peneirada

com furos e suas águas

cheia de partículas no ar,

e esse cheirando a verde

orvalho matando a sede

de um sonho ao sonhar.

Quero também o aroma

do café quente da manhã

... Toalha xadrez na mesa

bule e xícara e a beleza

dos olhos da natureza

e a cesta cheia de maçã.

Já da roda, a ciranda

e quadrados do amarelinho

a corda eu pulo de banda,

e de manhã na manhãzinha

pego o ovo da galinha

antes que o dia me tromba.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 11/02/2017
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