homens do mar

dentro do mar, os homens

dançam o mesmo furacão das

águas, amam sem piedade, perdoam

sem alarde, o planície deixada, nada mais

existe depois do passo, dentro do mar os

homens são sombras emlouquecidas,

não chamam suas dores pelos nomes

nem procuram a firmeza do fundo,

vivem como vivem o sangue nas

veias, as convulsões do fundo da terra,

escuro ou claro, tanto faz, os homens do mar

não procuram ilhas, são filhos crescidos,

latejam dia e noite, comoventes são os homens

do mar, movem-se, profundamente, se movem

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 09/02/2017
Código do texto: T5907596
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