Da prolixa explicitação à proporção especulativa
Da prolixa explicitação à proporção especulativa
Eu que no âmbito de minha fala
Disparo meus conceitos como bala
De forma intensa e prolixa
Que em sua alma permanece fixa
Tanto minha propensa explicitação
Que retrato com carinho e admiração
Causa furor e ódio aos alienados
Que mais uma vez jazem banalizados
Pois a proporção especulativa
É visco, cognição inativa
Daqueles lépidos perdidos
Que de bom senso são desprovidos
E eu, prolixamente advirto o óbvio
Pois constantemente sóbrio
Estou a observar atentamente
E apontar insolentemente
Pois não há incauto neste meio
Tampouco mostram receio
De aparentarem tamanha boçalidade
Eis meus amigos a grande realidade
Riremos juntos outrora?
Quem sabe numa bela aurora
Possa realmente asseverar conteúdo
Neste meio apático e imundo
Eduardo Benetti