A luz irrompe

A luz irrompe onde nenhum sol brilha;
onde não se agita qualquer mar,
as águas do coração
impelem as suas marés;
e, destruídos fantasmas com
o fulgor dos vermes nos cabelos,
os objetos da luz
atravessam a carne onde
nenhuma carne reveste os ossos.
onde a morte dar as mãos
chama com uma força brutalescas
A manhã irrompe atrás dos olhos;
e da cabeça aos pés desliza tempestuoso o sangue
como se fosse um mar;
Esta carne que despedaças, este sangue
que traz a desolação pelas veias,
eram os cachos e o centeio
Parou de respirar
Deixou de sofrer
Deixou de amar
E seu espírito foi
Para o outro lado vagar
Á procura de amor e carinho
Sem encontrar, desejou voltar
Mas não conseguiu;
Dar-lhes um leito no hospital dos loucos... Quando ....
O mundo é um hospício.
Tudo o que importa é o eterno movimento
que há por trás da poesia,
a vasta corrente subterrânea da dor,
da loucura, da pretensão,
da exaltação humanas,
por mais sublime que seja a intenção do poeta.
Marcia Eli
 
marcia eli
Enviado por marcia eli em 08/02/2017
Reeditado em 10/10/2021
Código do texto: T5905958
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