ATREVIDA

Às vezes sou atrevida e me lanço ao além,

Conquistando a vida do jeito que vem.

Às vezes sou atrevida, nem percebo a medida,

Mas também sou contida as coisas da vida.

Às vezes sou atrevida, me lanço no vaco,

E me doo ao regaço de nada se ter.

Às vezes sou atrevida, sei curar as feridas,

De quem em minha vida chegar a entrar.

Às vezes sou atrevida e dilacero também,

Com gosto e medida de quem a convém.

Às vezes sou atrevida, escuto o que devo,

E respondo o que quero se me fizer bem.

Às vezes sou atrevida, me jogo nos braços,

Apaixono-me sem paz e teimo em ficar.

Às vezes sou atrevida, me torno amiga,

Até da inimiga que julgava ser.

Às vezes sou atrevida me entrego sem medo,

De que o fracasso me possa ferir.

Às vezes sou atrevida,

São coisas da vida que me fez ser assim.

Marlene Rayo de Sol
Enviado por Marlene Rayo de Sol em 07/02/2017
Código do texto: T5905710
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