POEMA DA DESILUSÃO.
Meu espirito,
acordado labuta
nesta desordem,
não grito, não é medo
de acordar o mundo,
a coragem me devora.
Escrevo silêncios nas
sombras, o povo
adormecido mergulhados
nos labirintos das redes
sociais,
quem dará seu sangue
para livrar a mãe das garras
dos Gaviões.
E quem é essa mãe
senão cada um de vos?
Vejais, meus sonhos
pode ser um devaneio,
pode ser o sussurro
de um momento,
minhas linhas talvez nem
sejam lidas,
mas, enfim,me calar
será meu maior ato
de covardia,
por horas o poeta se
esconde atrás de uma
tela, e derrama nela
toda sua simpatia.
Mas olha , não é medo,
as ruas estão tão vazias
esperando gritos e bandeiras,
as panelas estão surdas
nos seus devidos armários,
e as camisas amarelas
aguardam outras copas.
A pátria é uma floresta
sendo ceifada,
machados e foices
e lá se vão as frescas sombras,
nos restam o calor
infernal da corrupção,
esta boca que bebem nossos
sonhos,
não aquietais vossas almas,
a mãe precisa de nossas mãos,
o dia não espera...
e nossas crianças nascem e crescem,
é preciso garantir a elas
novos horizontes,
por que nosso tempo está
passando despercebido.
Vamos, a poesia é uma arma,
não fazem ruídos , mas descampa
as mentes, alinham os
desordenados pensamentos.
vamos! O tempo é agora,
a mãe não pode esperar,
seu ultimo suspiro está próximo.
Saia do teu aconchego,
para depois não vir em versos
chorar.