Sonhadores
Meu sangue vale uma taça,
vazia de vida e vinho doce,
pagam por ele na ameaça,
a ser ovelha, serpente fosse.
Que preservem puros os instintos,
que salvem as flores do campo,
para enfeitarem as mesas dos famintos,
que se fartarão com seu encanto.
Detenham a febre da vontade,
coloquem as algemas da vergonha,
esqueçam os beijos da saudade,
acordem, não é feliz quem sonha.