Sonhadores

Meu sangue vale uma taça,

vazia de vida e vinho doce,

pagam por ele na ameaça,

a ser ovelha, serpente fosse.

Que preservem puros os instintos,

que salvem as flores do campo,

para enfeitarem as mesas dos famintos,

que se fartarão com seu encanto.

Detenham a febre da vontade,

coloquem as algemas da vergonha,

esqueçam os beijos da saudade,

acordem, não é feliz quem sonha.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 07/02/2017
Reeditado em 09/02/2017
Código do texto: T5905468
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