Olhos

Ainda olho nos teus olhos.

Ainda os evoco como quem pede uma cura - um remédio amargo, uma injeção que dói. Ainda os olho, bem no fundo deles, estáticos nas fotos e brilhantes nos vídeos. Foi o que me sobrou dos teus olhos: retratos. E evocações. Como se eu pudesse carregá-los comigo, na carteira, ou pendentes no meu colar...

A ausência dos seus olhos é uma noite sem fim, sem lanterna, sem vela...

Amanda Damasio
Enviado por Amanda Damasio em 07/02/2017
Código do texto: T5905230
Classificação de conteúdo: seguro