Depressão Poética XVII
O tempo
Esse que os ponteiros martelam
E os dias que te levam
O que gastas, e o que desgastas no sono
Essa coisa finita de contagem variável
O tempo que perdes, na perda de tempo
E podia ser tão bem aproveitado
Não fora alguém que o perdesse
Em coisas supérfluas…
(…)
Ainda acusas os meus devaneios
Mas não perco o tempo que perdes
Mas apenas perco o tempo que vivo
Nas coisas em que devia estar morto
Morto de tédio, por ter gasto tempo
Talvez gasto tempo demais…
(…)
Só espero ter tempo
Para apreciar devidamente
Todo o tempo eterno
Que passarei na mortandade…