Depressão Poética XVII

O tempo

Esse que os ponteiros martelam

E os dias que te levam

O que gastas, e o que desgastas no sono

Essa coisa finita de contagem variável

O tempo que perdes, na perda de tempo

E podia ser tão bem aproveitado

Não fora alguém que o perdesse

Em coisas supérfluas…

(…)

Ainda acusas os meus devaneios

Mas não perco o tempo que perdes

Mas apenas perco o tempo que vivo

Nas coisas em que devia estar morto

Morto de tédio, por ter gasto tempo

Talvez gasto tempo demais…

(…)

Só espero ter tempo

Para apreciar devidamente

Todo o tempo eterno

Que passarei na mortandade…

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 07/02/2017
Reeditado em 07/02/2017
Código do texto: T5905050
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