LIBERDADE VERA
Não vou me sentir fraco por onde ainda passar
Vou desfrutar da incompreendida passagem do ser
Serei criança para navegar o bem em todo lugar
Terei a inocência, sem regras e preceitos sociais
Descalço, livre, molhar-me-ei no eterno mar salso
Deixarei banhar-me na divina chuva doce e calma
Sentirei o ar no vento a me tocar a face e o corpo
Sentirei o olor das boas comidas e bebidas do lar
Contemplarei o prado verde como faz um pai ao filho
Respeitarei a todos em seus autênticos habitats
Falarei aos bons bichos, homens de bem e crianças
Ignorarei os combates forjados no capital desumano
Entregar-me-ei à natureza longe de vil perversidade
Serei primitivo, serei vivo e livre, serei gente, enfim
Salvador, 09/01/2005.