MEUS POEMAS...

Os meus poemas...

Podem ser inúteis... Um filme de terror?

Talvez deles fique a intenção de escreve-los...

Ou ao planta-los deem alguma flor...

Talvez na correspondência a função de selos,

Lacrando as mensagens para mais tarde

Serem lidas sob o sol num fim de tarde...

Os meus poemas...

Podem ser os pálidos escritos de emoção

Ou pedidos de socorro: "May Day", "May Day", "S.O.S."

Para um mundo, cujos dias caminharão

A uma consumação sem luz, sem prece...

Eles podem ser a própria inexistência de tudo,

Mas ser para o nada alguma coisa, contudo...

Os meus poemas...

Podem ser um barro, cru, sem liga simplesmente

E jamais se tornarem, ou tornearem bela escultura

Serem apenas elucubrações de uma demente

mente que vive num caminho até a vida futura

De uma sepultura em cova rasa ou funda, mas nem tão profundamente...

Talvez os meus poemas sejam só pra mim...

Talvez alguma estrofe ou rima toque ao peito

E no leitor venha surtir miocárdio efeito...

Quem sabe meus poemas salvem da tristeza

Alguma alma enfim acesa, antes que o último verso,

Ante ao confim do universo, ao ponto final perverso:

Chegue ao seu fim!...

Autor: André Luiz Pinheiro

12/11/2016

Poema publicado em livro na Câmara Brasileira de Jovens Escritores.