HERANÇA
Há uma certa insurreição em minha Biologia,
Pensamentos atômicos parecem vinculados
A uma cratera da epigênese que funde os lados
E me deixa sem rutilância e isento de nostalgia.
Comparo-me a um cadáver, durmo sem sonhar
E me permito envolver por vermes nas reentrâncias,
Contudo a patogênese que lubrifica as substâncias
Está endividada com a vida que é parlamentar.
No extrato onde se alinha a putrefação da carnificina
Existem parasitas que trotam sobre a carne cristalina
Roendo o âmbar que alumia os restos mortais…
Nas paredes inorgânicas do solo há decomposição
E minha fotografia não mostra nesta insurreição
A herança biológica que trouxe dos ancestrais!
DE Ivan de Oliveira Melo