Poema Fútil

Nenhuma poesia foi estéril,

Nem a sem palavras vazias,

Nem as cem palavras vadias,

Nada foi infrutífero, nem Judas.

Nada foi apenas traição fútil,

Nenhuma luz foi acesa inútil,

Nem a da caverna mais funda,

Nenhum morcego voou cego.

Algo aqui se produziu no luxo,

No riso histérico do meu bruxo,

Moça alguma sonhou de bruço,

Nem bêbado abraçou o soluço.

Nenhuma fantasia fez verso,

E nem azia, nem ar perverso,

Nem o sujo no rio que passou,

Repetiu como nada o meu não.

Dado Corrêa

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 05/02/2017
Reeditado em 25/02/2017
Código do texto: T5903700
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