Depois!
 
... vai ter o dia  em que o que escrevo
não mais será escrito, ou lido
 
... o dia em que o que eu sinto,
nem mais será experimentado
 
... um tempo doido em que eu,
nem mais, que pena, saiba de você
e se souber, tão distante estará,
que o morro da minha vida,
nos irá separar
 
... vai haver o instante,
em que o sonoro do meu canto,
estará emudecido, calado,
só se ouvirá a dor do meu pranto
 
...e neste segundo, passará em meu olhar
 tudo  que vivi neste mundo, o que senti,
o quinhão de tudo que pude vivenciar
 
... e para lá e para cá, na espreita, um vulto
 
... quem conseguirá  distinguir,
... quem poderá  adivinhar?
isabel Sprenger Ribas
Enviado por isabel Sprenger Ribas em 05/02/2017
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