Resiliência
No amadurecer da noite
Rompe forçoso um broto de sol
Resplandece um alento
No intervalo de dois suspiros aliviados
No mesmo ritmo do motor que fabrica vida
Ecoa coros de vigília e oração
A montanha e o céu crescem em nossas costas
Mas me ensinaste a não recuar
Com elas, eu andei e até corri procurando o sol
Mas me perdi, desacreditei e até chorei
Sem saber por onde eu deveria andar
Sentado e desolado, vejo pessoas passando
Como máquinas segurando cada uma sua montanha e o seu céu
Em suas cabeças, seus nobres sonhos ainda almejam melhores verões
Enquanto o meu não chega, desenho uma poesia na minha solidão
Como me ensinaste tão bem
Meus olhos podem avistar a trilha novamente
A esperança resplandece enquanto desbravo o caminho.