PÁGINAS BRANCAS
(Socrates Di Lima)
Sou das trevas,
A luz...
brilhar que se reserva,
No que ela seduz.
Sou a luz do meu próprio olhar,
Que o seu olhar, procurar iluminar,
E pelas janelas dos olhos meus,
Inundo de luz os olhos seus.
banho-me de formosura...
visto-lhe de mim para eu sonhar,
mergulho no seu Eu com ternura,
Para que em sonho posso lhe amar.
Faço de você a luz do meu olhar,
Mesmo que em trevas tenho que andar,
Em busca do caminho e do seu caminhar,
Para que minha estrada seja um solar.
Vem... dá-me a sua mão,
Olha-me e se perca em me fitar,
Com os ombros do meu coração,
Descanse intensamente no meu olhar.
Luz da minha imaginação,
Luz que me permite acertar,
O caminho de uma bifurcação,
que ate seu peito possa me levar,
E nele repousar os meus fracassos de amor,
para transforma-los na glória de amar,
a você, somente, sem o menor pudor,
e banhar-me da luz do seu eterno olhar.
Vem...vem me namorar...
começar em nós um novo tempo de luz e renascer...
reger como maestro o nosso poetizar,
Nas páginas brancas que haveremos de escrever.