GIRASSÓIS DA ALMA
(Socrates Di Lima)
Deus cria o que o homem não pode inventar,
Há nos meus olhos o lírico,
O poente e o nascente.
Ja nos meus olhos, janelas...
Horizontes para contemplar.
E em seus parapeitos,
Sóis de vida e luz.
E no seu amarelo ouro,
Belo tesouro,
Embelezando a vida.
Nascem assim meus girassóis,
Cultivos da minha alma.
Simbolizados em Sóis,
Sois vós,
Porta vozes do meu saber.
E quem me pergunte para onde olho,
Respondo que os meus olhos,
Olham para as almas que me enxergam,
E nelas, resplandecem a luz,
O amarelo ouro da vida,
O nosso Sol de cada dia,
Dos nossos girassóis.
Bendito aquele que cultiva o amor,
Bendito aquele que tem luz nos olhos,
Bendito aquele que cultiva flores,
Quais florescem a alma.
E em seus jardins,
Campos de Girassóis,
Como campos dos sonhos,
Do viver perene.
Os girassóis são como cânticos,
Como as ondas que abraçam a areia,
No viajar das águas do mar,
Como a chuva fina coberta pelo arco-íris,
Que das minhas íris,
Se fazem dentre suas cores,
O meu amarelo de paz...
Que fazem meus Sóis...
Nas sublimes pétalas,
Que um doce olhar me acalma,
Nascedouro dos Girassóis da minha alma.