Não se me parta
Minhas unhas estão cheias de barro.
Meu corpo abriga o contato primeiro do ato de comer a terra, de adentrá-la. No primeiro instante de perda e procura.
Sou devir bicho. Devir pessoa. Devir mulher.
Sou porca em constante mutação.
Nada se fixa em mim, não fixo nada.
Apenas passo, de passagem e a vontade também para não mais estar.
Sou devir ela.
Queria poder encontrar as palavras e tempo certo para poder decifrar o enigma que se concentra no instante já.
Aqui, agora, no presente.
Falo e faço tanto e é isso que sou.
Inteiramente isso dividida em mil e uma partículas.
por favor...
Não se me parta.