PÓ DAS ESTRELAS

Quando vi que tudo tinha sido em vão desisti...

Fui um mercenário sem salário, uma puta não-paga, alguém que se vendeu sem receber, um mendigo aleatório, um pária entre os párias...

Não quis ser lembrado, quis morrer na sarjeta por não ter paciência, por viver de teimosia, por ser aquilo que sempre critiquei, por alçar vôo num microcosmo tão diminuto que só se visualiza a matéria escura, só o vazio...

Enfim... tudo se dissolveu, sobrou o pó... o pó das estrelas.

Dedicado à Clarice e à Cecília, que hoje habitam as estrelas.

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 02/02/2017
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