EXIBIÇÃO GRATUITA

Segundo o livro a vida segue em marcha lenta

Corrida é a pressa e lenta se faz a carruagem

Como o ar que não veio

Atender às súplicas do doente

Como a estrela que casou em júbilo

Como a gaivota que não pousou

No recife das lembranças

Sentido tem o que te suspende

Acima da visão mundana

Seviciando a casta dos perenes

Que não verão a aurora dos meus dias

Que flertarão com a catástrofe

Que testemunharão o enredo sem fim

Das belas e castas intenções

Sorvi meu fel no festival das máscaras

Enredado no meu próprio deslumbramento

Caí em desgraça com a intenção e viverei para justificá-la

Onde meus pensamentos atingirem

Onde meus tentáculos se infiltrarem

Como asas esparsas num relento perpétuo

Frio e cinza como as promessas esquecidas

E os dons nunca fomentados

No vendaval que se agiganta

E nas trevas que o guardarão

Caio Braga
Enviado por Caio Braga em 02/02/2017
Código do texto: T5900794
Classificação de conteúdo: seguro