Antigamente, às sete horas

Antigamente, às sete horas,

Tudo era escuro, mas era simples,

Muito mais simples.

Sete da noite, antigamente,

Tudo, por ser igual, era bem simples:

Como a carroça do pão,

Como o pão,

Muito bem mais simples.

Sete horas, exatamente.

De novo.

Posso sair pela cidade,

Olhar mesmas realidades

E sempre inatingi-las.

Posso fazer os mesmos poemas,

Como o que não escrevo agora,

Exatamente às sete horas.

(Belo Horizonte, MG/1969)

William Santiago
Enviado por William Santiago em 02/02/2017
Código do texto: T5900562
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