O TEATRO DO OLHAR

Ele a olhava...

Quando ela não estava olhando.

Mas ela o via, e disfarçava;

Pois eram tímidos, ambos...

Era uma troca de olhares

Que se procuravam

Entretanto, jamais se encontravam.

Quando um olhar chegava, o outro partia,

Porém, não o perdia ainda assim de vista...

Quando aos outros olhos partia.

E nesta de olhares pra cá e olhares pra lá...

Ficaram o dia inteiro...

E então este dia acabou-se

cada qual foi para sua casa;

O rapaz e a moça.

O tímido e a timidez.

E se, não fossem assim

A história teria um outro fim...

Pois aquele simples gesto de olhar

Certamente tornaria-se o doce ato

Apaixonado e adocicado

Do verbo amar.

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 01/02/2017
Reeditado em 29/06/2018
Código do texto: T5899720
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