ERRANTE (revisado)
Por que gostar de mim
Este cavaleiro delirante
Sem Sancho ou moinhos
Que vive de desatino em desatino
A enfrentá-lo pelo seu caminho
No nada que já era antes...
E traz de volta a tona
Um verdadeiro desalento
O há muito escondido
Desavergonhado e esquecido
Bafejar de seus sofrimentos...
Que ora sente lhe tomar à alma
Pela duríssima certeza
De que a luta ainda lhe esconde algo
Contra a sua falta de destreza...
Sou este homem que tanto me intriga
Por ser um assim do ideal tão distante
Mas que na vida não se apetece
E mesmo que tão claramente errante
Nunca ninguém dele se esquece
Ou facilmente desapega-se…
05.10.2007