Janelas
Na poesia o tempo é falso,
Como estátuas de cera.
Cada passo é de uma vida pulsante
Inimaginável aos olhares alheios.
Um estado de imensidão
Que destrói toda a certeza
E abala as frágeis almas.
Não se deve amar, pois, a poesia,
Mas odiá-la com fervor
Por ser ela tão pura.