Arquitetos Lúdicos

A exuberância do amanhã

Na fuligem de sonhos retalhados,

A grandiloquência das palavras

Em bocas mal alimentadas,

Arquitetos lúdicos

Gozando sonhos lúcidos

Nas sombras da matéria deteriorada

Do sono mórbido de seu presente

A esperança dança em corações insensatos

No ballet do imaginário, e supri os desejos

Daqueles que engatinharam na aurora

Que nunca se levantou,

Para suportar se rastejar no escuro

Sonhando com o sol que nunca viram,

Para talvez acordarem no crepúsculo

E se despedirem com saudade

Da vida que nunca viveram;

Talvez meu coração seja o insensato

E sonhar seja a única possibilidade válida

E meus olhos egoístas e impacientes

Não suportem serem espectadores

Da miséria do sorriso desdentado

Dos sonhadores que tanto amo.

Leandro Tostes Franzoni
Enviado por Leandro Tostes Franzoni em 01/02/2017
Código do texto: T5899098
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.