Devaneios
não sei se foi você
mas pareceu ser
e quem me dera que fosse
sairia do fosso
do poço
do oco
que tu deixou exposto
quem dera se fosse você
naquela esquina que cruzei
entre olhares desviei
tropecei
até chegar na calçada
pedi desculpa ao invés de obrigada
embriagada
porque enchi a cara
de amor ou cachaça
a conta foi fiada
o amor piada
Ressaca.
tombei no moço errado
achei que era você na mesa ao lado
juro que vi teus traços
teus rastros
havia você em toda parte
mas era só estilhaços
de garrafas ou corações
em pedaços
quem dera que fosse você
pra eu criar dilema
fazer cena
e por um fim no poema.