Devaneios

não sei se foi você

mas pareceu ser

e quem me dera que fosse

sairia do fosso

do poço

do oco

que tu deixou exposto

quem dera se fosse você

naquela esquina que cruzei

entre olhares desviei

tropecei

até chegar na calçada

pedi desculpa ao invés de obrigada

embriagada

porque enchi a cara

de amor ou cachaça

a conta foi fiada

o amor piada

Ressaca.

tombei no moço errado

achei que era você na mesa ao lado

juro que vi teus traços

teus rastros

havia você em toda parte

mas era só estilhaços

de garrafas ou corações

em pedaços

quem dera que fosse você

pra eu criar dilema

fazer cena

e por um fim no poema.

Yas Araújo
Enviado por Yas Araújo em 01/02/2017
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