PONTA DE MUNDO.
Terra ,mata virgem
som de águas ,
canto das cotovias,
sapos nos brejais,
prima Gilda de
saia rodada,
vovô de butinão,
o gado la no alto,
beirando o capoeirão
aboiados distantes ,
água na bica,
feijão no fogo,
vaquinhas de porcelanas
na cristaleira,
meus poemas sem vitrais,
aqui só passa pensamento,
não chega modernidade,
nesta ponta de mundo,
Deus reservou para
brincar com a felicidade,
da gosto cheirar
as vantagens do sertão.
e olha, são tantas moço,
pasmem,
se eu contar vai achar
que é mentira,
mas aqui a verdade são
como as notas musicais,
nasceram só pra encantar.