Impotência
Há caminhos por navegar
E não sei onde
Há palavras a dizer
E não sei quais
Há mil credos para rezar
E me lembro jamais
E assim a todo instante
Vendo o mundo em insano movimento
Espalhando a loucura pelo vento
Trituro em inércia e silêncio
As brutas uvas sangrentas
Da minha impotência
(Jeddah, Arábia Saudita, 02/10/1975)