Mar que me adoça
« – Eu não te aguardo, e nem te mando vir.
Tenha apenas por certo que eu te amo.».
[Disse ela. E continuou: …
– Os ventos me puxam pelos cabelos.........
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Levando-me..........................................
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Onde a tua voz reside.............................
Nas manhãs, nas tardes e noites silentes –
Mar que me adoça.
Vejo o raiar dos dias afagar as estações
Como imagino as tuas mãos
Donas dos arranjos musicais
Que tu fazes saltar deste instrumento
Que me embevece.....................................
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Ocasiona-me impulsos essas cordas pinçadas
acelerando-me os instintos nessa caixa
De ressonância recíproca em que entorpeço...
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Mas anda um frio em mim,
Que, como passos de dor nessa cadência,
Tortura-me.
Uma insipidez sem remédio impregna-me
O estado de sossego do meu corpo
E da minha mente.
Resta-me apenas repetir:
– Eu não te aguardo, e nem te mando vir.
Tenha apenas por certo que eu te amo.
07/10/2014. Salvador.