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Há tempo de sobra nos dias estivais

para devanear à sombra dos mangueirais

envelopar a vida dentro de um saco transparente

e entender que este chão não pertence à gente.

Camuflados estamos de notórios passageiros

a cuidar dos nossos sonhos – infantes guerreiros

enquanto lapidamos a pedra tosca da sabedoria

posto que a Humanidade é filmada, portanto sorria!

Somos decerto arquipélagos planetários vislumbrantes

sarapintados de entretenimentos para os viajantes

argonautas de um destino cheio de névoas, brumoso

enquanto deuses do ódio e do amor em tom chistoso

nos despem e nos enchem de volúpia, luxúria, desejos

e a vida acontece entre borrascas, calmaria e lampejos.

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 30/01/2017
Código do texto: T5897401
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