Logo Penso
Há tempo de sobra nos dias estivais
para devanear à sombra dos mangueirais
envelopar a vida dentro de um saco transparente
e entender que este chão não pertence à gente.
Camuflados estamos de notórios passageiros
a cuidar dos nossos sonhos – infantes guerreiros
enquanto lapidamos a pedra tosca da sabedoria
posto que a Humanidade é filmada, portanto sorria!
Somos decerto arquipélagos planetários vislumbrantes
sarapintados de entretenimentos para os viajantes
argonautas de um destino cheio de névoas, brumoso
enquanto deuses do ódio e do amor em tom chistoso
nos despem e nos enchem de volúpia, luxúria, desejos
e a vida acontece entre borrascas, calmaria e lampejos.